sábado, 7 de agosto de 2010

SAMBA, CAIPIRRINHAS AND MOO-LAH-TAS

Apesar de minha malemolência e ginga contagiante, não costumo frequentar os chamados “sambões” a não ser que me obriguem. Mas, há uns 2 ou 3 anos fomos em um, localizado no Largo de Pinheiros, em função do aniversário de uma amiga e, claro, levamos os dois.

Sabendo que uma roda de samba não é exatamente o SONHO DE CONSUMO de duas crianças de 3 anos, comprei dois bonequinhos de super herói para que eles pudessem brincar um pouco enquanto nós cumpríamos com nossas atividades “de gente grande”.

O lugar não era muito grande e estava LOTADO, então eu sabia que teríamos que criar um plano de contenção eficiente para que os molex não se perdessem num oceano de gente sambando. Naquela época, ambos já andavam e corriam por toda a parte e, enquanto o Nick era a agilidade em pessoa, o Tony dava lá suas corridinhas, mas sempre parava para analisar o que se passava à sua volta.

Então, malandramente, sugeri uma marcação homem-a-homem para a Carla. Ela – muito mais ágil e em forma que eu – “marcaria” o veloz Nick, e eu me limitaria ao trabalho de ficar de olho no Tony, que parecia estar muito mais interessado no seu novo Super-Homem do que no samba de raiz que ecoava pelo salão.

Em determinado momento, enquanto estávamos de pé vendo as pessoas dançando alegremente, o elétrico Nicholas voou e teve que ser perseguido pela Carla, enquanto o Tony analisava seu herói, contemplativo.

Ao ver a Carla saindo em disparada atrás do menino, percebi o quanto eu havia sido astuto ao sugerir esta combinação de pares. Enquanto ela corria, eu descansava tranquilamente.

E, neste momento de glória e êxito, em que meus dotes de estrategista pareciam se comparar a César, Wellington ou Robert E. Lee... o Tony decidiu pegar seu Super-Homem e o enfiar, vigorosamente, no bumbum da mulatona que estava de pé à nossa frente.

Talvez pelo “IIIIIIIIIIIK!!!” estridente da moça, talvez pelo fato dela ter se virado indignada e dado de cara comigo, ou talvez ainda por causa do emaranhado de músculos que aparentava ser o namorado dela de pé ao seu lado, minha reação imediata foi apontar com o dedo em riste na direção do meu filho – que, não custa lembrar, é sangue do meu sangue – e dizer “FOI ELE!”

Felizmente, ela se limitou a olhar feio para mim e se virou para continuar vendo o samba. Eu peguei o Tony pela mão e saí daí, achando melhor não dar sopa para o azar.

P.S. Antes que vocês perguntem, não, não tivemos que pedir pra ela devolver nosso Super-Homem.

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