DA BOCA PRA FORA

Não sou nutricionista, mas tenho quase certeza que, quando o "Plano de Nutrição Infantil Nestlé" menciona que a partir dos 12 meses deve-se incluir mais novidades e "pequenos bocadinhos de alimentos" na dieta do bebê, eles definitivamente não estão se referindo a DEZESSEIS PASTILHAS VALDA DE UMA SÓ VEZ.

O que mais me intriga nessa história toda é o fato de termos tido que tirar as balas da boca do Tony À FORÇA, já que ter aquilo tudo na boca devia estar sendo tão agradável quanto chupar uma bisnaga de Gelol.

PROVÉRBIO DO DIA

AQUI SE FAZ...

... AQUI SE PAGA

TONY EXPLICA

Tony: “Mamãe, você já teve crise da meia-idade?”
Carla: “Eu? Tony, você sabe o que é isso?”
Tony: “Sei Mamãe. Crise da meia-idade é quando a pessoa fica mais velha e entra em crise...”
Carla: “Isso mesmo. Mas eu não tive não.”
Tony “Ah tá...”


(silêncio contemplativo)

Tony: “O Daddy eu acho que já teve, né?”

Prefiro não pensar no que levou o Tony a chegar a esta conclusão.

ART ATTACK

É dever de todo pai incentivar seus filhos a desenvolver suas habilidades artísticas.

E, na falta de papel, vale a cara do irmão adormecido mesmo, não é?

Concordam? Alguém? Ninguém?

BERINJELA x MUYK

O jogo Pro Evolution Soccer permite que você personalize tudo – dos jogadores individuais ao logo e uniforme do seu time. Claro que os dois pediram para ter SEUS TIMES personalizados e claro que eu não deixaria eles passando vontade.
Então sentei com os dois no computador (na época não me era permitido ter um Playstation ainda) e definimos os uniformes de ambos os times.

Aí perguntei como os times chamariam. O Nick por algum motivo decidiu chamar o time dele de BERINJELA (sei lá porquê) e o Tony me informou que seu time chamaria MUYK, o que rendeu uma conversa meio inusitada:

“Chama MUYK.”
“MUYK?”
“Isso. MUYK.”
“O que é MUYK?”
“O meu time, ué.”
“Mas o que significa?”
“É o nome do meu time!”
“Mas não quer dizer nada?”
“Claro que quer! É o nome do meu time!”

Então tá.

Aí chegou a hora de fazer os logos e o Tony me solicitou que eu fizesse um com a cara dele num escudo, solicitação esta que acatei com zelo, como vocês podem ver no logo a seguir:

Depois veio a vez do Nick, que decidiu desenhar como ele queria o escudo dele. Antes de transpor para o Photoshop, decidi tirar algumas dúvidas com ele e o diálogo segue:

“OK... é laranja e amarelo, né?”
“Sim.”

“Então. Tem dois ‘F’ aqui né? Por quê?”
“Porque é assim”
“Mas o time não chama Berinjela?”
“Sim.”
“Então vamos mudar este ‘F’ aqui para ‘B’, o que você acha? Aí fica ‘Berinjela Futebol’, entendeu?”
“Não. Não é ‘B’. É ‘F’.”
“Mas Nick... isso não faz sentido.”
“Mas é assim!”

E o resultado segue (as estrelas também foram solicitações dele):
Decidi registrar isso enquanto ainda lembro do ocorrido porque tenho certeza que, algum dia, vou olhar para os dois ‘F’ no logo e “inventar” algum significado para isso que justifique um time chamado Berinjela ter “F.F.” no escudo. Mas este motivo NÃO EXISTE.

CLICK ASSASSINO

Outro dia lá na casa dos meus pais, enquanto os molex exploravam o pomar e estudavam os gansos, patos e galinhas (à distância), aproveitei e tirei algumas fotos para registrar este contato deles com a natureza, algo tão difícil de acontecer em São Paulo.

Em determinado momento, vi o Nick agachado, olhando para o horizonte, contemplativo. Achei a cena bonita e, sem fazer alarde, me posicionei para tirar a foto.

Aí, no instante em que eu apertei o botão da câmera, vi no visor da câmera o Tony entrando em cena com um pedação de madeira para jogar no irmão, num gesto de, digamos, ESPÍRITO DE PORCO.

Gritei para impedir o ataque, mas o urro de “NÃO!!!” saiu no exato momento em que a foto era tirada. E o resultado é que temos esta foto de uma clara tentativa de fraticídio, tirada pelo próprio pai da vítima, no que deve ser um dos casos de negligência paterna mais gritantes da história.

A saber – o Tony conseguiu ERRAR o arremesso e não atingiu o Nick. Pelo menos isso.

MANDA O COELHO DEIXAR NA PORTARIA

Imagino que deve ser estranho ler um post sobre a PÁSCOA em julho, mas como o blog não tem nem um mês de vida, não me resta outra opção.

Na véspera da última Páscoa, como de praxe preparei um “lanche” para a chegada do Coelho – essencialmente uma cenoura – e fui até o quarto dos moleques para deixar o pratinho com a recompensa pelo gesto caridoso de trazer OVOS DE CHOCOLATE para eles.

Sempre fiz isso, mas acho que, conforme a criança vai crescendo, a ideia de um COELHO MÁGICO aparecendo no meio da noite dentro do seu quarto começa a perder a aura de fantasia e adquire um tom mais sombrio, condizente com o desenvolvimento do raciocínio do jovem.

Por exemplo, começam a aparecer questões do tipo “como é que este coelho entra em casa desapercebido se ele nem ao menos tem a chave de casa?” Ou “como é que ele carrega as dezenas de milhões de ovos de Páscoa que tem que entregar e ninguém o vê?” Ou ainda “o que eu faria se acordasse sozinho no meio da noite e me deparasse com um coelho gigante de olhos vermelhos me encarando na penumbra?”

Talvez por isso, ao me ver com a cenoura, o Tony me sugeriu que eu não deixasse o lanchinho do coelho no seu quarto, mas na sala.

“Hm... aqui não... acho que é melhor na sala... com a porta fechada. Ah, e por favor TRANCA A PORTA DA SALA.”

Ou seja, tudo bem o Coelho vir me trazer ovos de chocolate, mas desde que MANTENHA DISTÂNCIA SEGURA.

MÚSICA PRA VIAGEM

Fim de semana com os moleques na casa dos meus pais (em Mairinque) + carro na oficina = primeira viagem intermunicipal de ônibus para os dois.

Apesar de ser uma viagem rápida – 45 minutos – me preocupei em proporcionar algo para espantar o tédio dos dois e liberei meu i-pod para que eles ouvissem as músicas do jogo Guitar Hero que eles tanto adoram.

Lá pelas tantas, o Tony enjoou do aparelho e o Nick seguiu ouvindo sozinho enquanto a maioria dos passageiros do ônibus começava a cochilar preguiçosamente, inclusive eu.

Até que o silêncio foi cortado com o Nick bradando o refrão “SHE’S MY CHERRY PIE...” a plenos pulmões, completamente alheio ao fato de que a música só estava alta nos seus ouvidos.

Pensando bem, pelo menos não foi o refrão do REBOLEICHON CHON.

SHOW DO INTERVALO

Clima de Copa do Mundo contagiando a brincadeira dos dois no quarto.

“E a Dinamarca tem mais posse de bola, com 63%... e Camarões tem 87%.”
“Então é Camarões que tem mais posse de bola...”
“Não, porque agora a Dinamarca ficou com 1.847% de posse de bola!”“Ah tá.”

A pedido do Tony, aqui vai o logo da Copa do Mundo de 2010 (afinal, o blog é deles né?):